terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Estilos de dança


Por: João Carlos Grechaki

A dança clássica teve origem no século XVII, buscava mostrar uma bela postura, leveza e rigor técnico na reprodução de seus movimentos, foram criados nesta época as cinco posições básicas dos pés.
No final do século XIX, surgem algumas tendências inovadoras, como a Dança neoclássica, sem abandonar as características do clássico, busca explorar as formas abstratas como conteúdo de expressão utilizando mais espaço em suas execuções.
A dança livre surge no inicio do século XX com Isadora Duncan que buscava inspiração na natureza, observando seus elementos. Seus trajes eram leves, com os pés descalços, demonstrando assim o seu desejo pela liberdade, seus movimentos eram rápidos e suaves.
No século XX também teve origem um outro estilo chamado de dança moderna, teve como característica básica movimentos de contração de tronco, braços e pernas, refletindo o sofrimento do homem. Os movimentos neste tipo de dança são alternados variando entre o livre e o controlado.
A dança a caráter surgiu entre os séculos XVIII e XX buscando abordar as danças folclóricas, neste estilo de dança procuram-se manter fielmente o vestuário e as características de costumes e hábitos do grupo social originário.
O ballet contemporâneo surgiu no século XX com a tentativa de buscar novas possibilidades de movimentos, viabilizando o envolvimento com as técnicas já existentes.
A dança contemporânea surge no final do século XX buscando expressar, relatar, criticar ou refletir sobre as idéias atuais, os problemas existentes e as tendências nas quais caminha nossa sociedade, através de qualquer tipo de movimento, sejam eles técnicos ou não.
Também no século XX mais com olhos para o século XXI surge a dança prospectiva, está busca identificar-se com a arte, buscando uma aproximação com o cinema, a pintura, a música, o teatro e a escultura.

Fontes:
Corpos em cena: uma análise da dança e suas relações com a Educação Física

Aderência e permanência de adolescentes na Dança Contemporânea

A Dança na Educação Física Escolar

Por: Karina Lay
2a Fase - Educação Física UnC Porto União

A dança já existia desde o tempo do homem primitivo, era pela dança que ele se expressava, agradecia e festejava. Ela estava presente em todos os momentos da vida do homem primitivo.
Ao passar dos anos a dança teve grandes mudanças, grandes precursores, onde se criou, descobriu e proporcionou diversas mudanças.
Hoje a dança é livre para qualquer pessoa, qualquer idade, qualquer corpo, e a dança escolar é uma das formas de socializar as pessoas desde o aprendizado na escola. A dança escolar leva os alunos à uma grande melhoria e aprendizado de suas qualidades rítmicas, como o equilíbrio, atenção, ritmo, coordenação, criatividade. A dança escolar não exclui, ela socializa, ela mostra que a dança não se divide em gênero masculino e feminino. A dança escolar deve ensinar movimentos diferentes daqueles que os alunos estão acostumados a desenvolver. Cabe ao professor, mostrar o porquê de ser dançada, reafirmando a ideia de tanto meninos e meninas praticarem esta atividade, cada um exercendo seu papel no conjunto, exercendo assim a exploração da capacidade social da dança.
Muitas vezes a dança é excluída dos planos do professor de educação física, ou muitas vezes quando colocada, serve somente para festividades ou apresentações, onde reproduzem movimentos da mídia, com movimentos ondulados e sensuais, fazendo a dança ficar sem finalidade.
Quando um professor faz uma coreografia ele deve montar de acordo com a cultura dos alunos, onde a diversidade de culturas deve ser respeitada. Ele deve colocar a dança para todos seus alunos, nunca só para aqueles que são mais bonitos, magros, que tem melhor desempenho na dança. Mostrar aos alunos que, como os desportos, a dança também traz grandes qualidades físicas. Além disto, o professor pode dar oportunidades aos alunos, para que junto com ele, criem coreografias, mostrar o sentido da dança, dos movimentos, fazendo com que eles entendam e então dancem, não somente reproduzam uma coreografia.
Vemos que a dança é tão importante como qualquer outra atividade de educação física, mas muitas vezes ela é censurada por pensamentos feministas (pela ideia do corpo perfeito) ou machistas (do homem que dança), ou mesmo pelo próprio professor, que pode considerá-la como atividade secundária ou de pouca importância em suas aulas.
A dança tem grande valor nas atividades escolares, pois ela desenvolve diversas qualidades físicas, além de socializar e integrar o aluno.
Sabendo que a dança escolar tem fortes qualidades para o ensino, propõe-se que ela seja colocada de forma correta nas atividades escolares.

Dança e Educação Física

Por: Francieli Vanessa Glaner.
2a Fase - Educação Física UnC Porto União

Devemos fazer algumas reflexões a respeito da dança, que devem ser discutidas com os professores de Educação Física, bem como os obstáculos para ter a dança cada vez mais inserida no ambiente escolar. Pode-se notar que desde as civilizações mais antigas até os dias atuais os jogos, desportos e a dança fazem parte da cultura dos povos, usando a dança com seus movimentos para expressarem suas emoções, para a comunicação e demonstrar suas características culturais.
A dança passa a ser fundamental para o homem a partir do momento que deixa de ser nômade e passa a ser sedentário, o homem se vislumbra com uma dança que possa ser democrática acabando com a idéia de que “é privilegio de poucos” que é necessário corpo perfeito e técnicas especificas.
Sendo que o mais importante é ser capaz de compreender a dança, pois o individuo deve compreender o por quê fazer os movimentos, pois antes de tudo deve se uma atitude consciente. E a dança sendo uma atividade física, deve estar associada ao universo pedagógico da Educação Física.
Nota-se que em todo lugar a dança vem ganhando seu espaço, por combater o estresse a depressão, melhorar a auto-estima e por melhorar a relação entre as pessoas, e como objetivo educacional nada melhor do que ter seu início na escola, pois a criança que participa da dança tem mais facilidade na aprendizagem, no relacionamento com os colegas, não ser utilizada somente “em datas comemorativas”.
Abrir espaço para que o indivíduo através da dança coerente possa expressar sua criatividade, tornando essas expressões inovadoras e não reproduzir algo já existente, sem exclusões, pode se tornar uma atividade prazerosa. Pois a partir do desenvolvimento da dança na escola o individuo se torna mais criativo e independente. 
Pode-se ter alguns motivos para a precariedade da dança escolar, como a falta de conhecimento dos profissionais tanto os de educação física como pedagogos trabalham com a dança sem ter uma contextualização para isto. Pois para compreender o corpo através da dança, é necessário estabelecer  múltiplas relações com outras áreas do conhecimento. Ou pelo motivo de que os adultos não se movimentam e acabam reprimindo a soltura das crianças, isso começa em casa e se prolonga na escola.
Segue do professor de Educação física buscar preparar aulas que motivem os alunos e que todos participem, mostrando seu objetivo, dando liberdade de eles mostrarem sua criatividade também, pois não podem partir de algo que não sabem, e quando percebem que são capazes de executar movimentos e contribuir com as aulas, a dança fará cada vez mais parte da realidade escolar, alem de ajudar com valências físicas para outros desportos.

Dança na Escola

Por: Solange Regina Grossl
2a Fase - Educação Física UnC Porto União



A dança é uma cultura que vem desde a era pré-histórica, onde o homem primitivo dançava por meio de gestos para agradecer ou pedir alguma coisa.
Já na escola ela pode ser ensinada pelo professor de artes, educação física, ou de outra disciplina. O importante é que se busque conhecimento não só prático, mas também teórico sobre as coreografias e as músicas que serão ensinadas.
A coreografia deve partir de movimentos retos, onde se desenvolva os movimentos em todas as direções frete, trás, direita, esquerda, diagonais e de chão, em decúbitos ventral, dorsal e sagital. 
Como a dança esta interligada ao corpo, os movimentos para crianças e adolescentes não devem priorizar a sensualidade.
Antes de iniciar a coreografia, é necessário conhecer a música, sua letra verificando se possui um vocabulário apropriado e se seu pulso permite que os alunos acompanhem os movimentos, segundo cada acento da frase musical.
É importante que o professor saiba desenvolver no aluno as qualidades físicas, que são objetos de estudo da Educação Física, que são força, resistência, equilíbrio, flexibilidade, agilidade, coordenação, relaxamento, resistência e velocidade.
O professor deve observar o desempenho de cada aluno, se estão apreendendo os passos da coreografia com facilidade ou se precisa desenvolver melhor os passos, sem fazer com que o aluno perca a motivação.
O aluno desenvolve a partir da prática da dança a noção de espaço, ritmo, tempo, lateralidade, percepção auditiva, socialização e concentração, melhorando proporcionalmente seu rendimento nas outras disciplinas da escola, favorecendo mais seu aprendizado.
A dança é praticada por qualquer ser humano, sem preconceito com deficiência, raça, corpo ou classe social.
Necessariamente ela não precisa ser praticada em um espaço cênico como a sala de aula ou no ginásio, o professor pode ir ao ar livre mais próximo com a natureza, onde os alunos sentirão a natureza e podem até, realizar movimentos sentindo esta inspiração.
Praticando a dança o corpo estará em movimento, logo o condicionamento físico dos praticantes estará sendo melhorado, criando hábitos de atividades física saudáveis em crianças, jovens e adultos.

Breves ideias acerca da dança na escola.

Por: Harriet Carla Bollmann Baum
2a Fase - Educação Física UnC Porto União



            A dança como já visto, provém da provável época Paleolítica, onde caçadores e feiticeiros dançavam, e essas danças foram representadas nas antigas cavernas da Europa e nas cadeias de montanhas da África do Sul.
O corpo expressava o que a pessoa estava sentindo (gestos e movimentos), respeitando todos os seus impulsos e crenças.  A dança existe desde que existe o ser humano, e é por meio dela que o homem se comunicava antes de falar. Os aspectos da prática da dança estavam sempre relacionados à vida, à religião, à morte, à fertilidade, aos vigores físicos e sexuais e aos caminhos terapêuticos. A sua ligação com a educação mostrou-se em universos diferentes, onde a dança unifica o homem e a educação os separa, a dança não visa produção, a educação visa primeiramente e fundamentalmente a produção.
            Hoje em dia a dança está relacionada a um padrão de subsistência econômica, ou um meio para dar vazão a sentimentos, como valor estético em si, como diversão ou recreação, como expressão religiosa ou antiga.
Contemporaneamente, mais precisamente no estilo conhecido como Dança Moderna, atribui-se também à dança, objetivos de tentar transmitir emoções mais complexas, como: culpa, angústia ou remorso. Pensando assim, uma grande parceira desta dança é a música, que afeta a técnica. No entanto no estilo como conhecido como Dança Contemporânea, ela pode ocorrer sem música também.
            A Educação Física, como trabalha com o movimento, associa seu universo pedagógico à dança, pois além de entender o que e o porque do movimento, precisa ter consciência dele. Por meio da prática da dança, seu conteúdo legítimo, visa também conhecer melhor os anseios dos alunos, sabendo o que eles gostam de brincar, de ouvir; discutir suas experiências; fazer fluir sua imaginação, possibilitando o reconhecimento e a compreensão do universo simbólico.
            Isadora Duncan, uma das precursoras da Dança Moderna, fez uma observação: “Se eu não pudesse dizer a você o que ela é, eu não a teria dançado” (GARDNER, 2002, p. 174).
            Mikhail Baryshnikov afirmou que “Dançar é como muitas línguas novas, que expandem nossa flexibilidade e alcance. O dançarino, assim como o estudioso da linguagem, precisa de tantas, quanto possível; nunca é o bastante” (GARDNER, 2002, p. 175).
            Sobre a prática da dança na escola, Marques aponta que ainda estamos em vias de criar mecanismos da inserção dela como campo da educação.
      
Professores atuantes...têm o privilégio de pode perguntar: que ensino da dança queremos? Pois quase tudo ainda está por ser feito e pensado. Estamos passando por uma fase de transição em que o fazer-pensar dança na escola brasileira está sendo construído - -sendo construído por nós. (MARQUES, 2003, p. 33)


REFERÂNCIAS
  • GARDNER, Howard. Estruturas da mente: A teoria das inteligências múltiplas.São Paulo:Artmed, 2002.
  • MARQUES, Isabel A. Dançando na escola.São Paulo, 2003.